quarta-feira, 16 de junho de 2010

Paixão de ser brasileiro

Mais uma Copa do Mundo começa para cada um brasileiro. A emoção, o corre-corre nas ruas pra não perder o jogo. O comércio fecha. As ruas ficam vazias. Um silêncio só quebrado pela bola entrando na rede. Fogos no céu anunciam o momento. Todos, independente de acreditar ou não na seleção, torcem, vibram, desejam os gols, a vitória. E o Brasil saiu contra a Coreia. Não foi uma grande partida, ralentou o primeiro tempo, recuperou o fôlego no segundo, deixou escapar uma jogada do adversário, mas venceu. 2 a 1, não foi lá grande coisa, mas também não é o fim do mundo. Ainda tem várias partidas pela frente. E olha que não sou muito otimista.

Mas não há como não sentir, se envolver, parar a cada quatro anos pra viver esses dias de amor à pátria. A Copa do Mundo não é só futebol, ela vai além. A Copa do Mundo é paixão pelo país, é bater no peito orgulhoso "eu sou brasileiro", apesar de todas as desgraças. É se emocionar com o Hino Nacional. É comprar uma camiseta verde e amarela. É o momento do Brasil se destacar no mundo, chegar nos mais diversos lugares pra mostrar a sua cara através do futebol. É gritar! É ser feliz! É esbravejar! É reunir os amigos, a família. É ser brasileiro.

A primeira copa de que me recordo foi a de 1994. Eu não acompanhava os jogos, mas gostava daquele clima de euforia e união que sentia nas ruas. Quanto ao jogo, estava mais preocupado em não haver aula no dia seguinte se o Brasil ganhasse. E não houve!! Bom, a copa da França em 98, que muitos afirmam ter sido comprada, foi a primeira que acompanhei, torci pra valer, me emocionei e chorei quietinho em cima da trouxa de roupa pra lavar, naquela final desastrosa. Mas vibrei em 2002, e voltei a chorar em 2006, não pela derrota do Brasil, mas pela perda do meu pai.

É difícil não torcer pelo Brasil, não xingar os jogadores, o técnico, o árbitro. É difícil não sonhar com o Hexa porque somos brasileiros. Nos identificamos pela pele, pela música, pela culinária, pela alegria, pelas praias, cidades, artistas, lutas e até pelos políticos. Nos descobrimos não mais nordestinos, paulistas, cariocas, mas um povo só com uma história comum, os mesmos sonhos, desejos. Uma nação, um único povo diante do mundo.

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