domingo, 17 de outubro de 2010
Perspectiva
E naquele dia fui ao banco. Fila cheia. Mais de cem na minha frente. Ausência de cadeiras vazias. Me acostei no chão ao lado da porta. Fiquei ali. De repente, algumas pernas começam a passar. Pernas gordas, pernas magras. Pernas curtas e compridas. Pernas apressadas, pernas lentas. Determinadas e confusas. Pernas em jeans, saias, bermudas, vestidos. Pernas em botas, sandálias, chinelos, sapatos, tênis. Pernas claras, pernas escuras. Silenciosas, barulhentas. Pernas lisas e peludas. Apenas pernas pra lá e pra cá. Um mundo de pernas. Uma infinidade de passos. Pernas que revelavam no caminhar o interior e o anseio de cada ser.
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