quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O verdadeiro celeiro

Loch Stack, Arkle - Escócia
Alguém já se perguntou onde fica a casa que serve de imagem ao Celeiro? Ou mesmo se ela existe, não é a simples projeção de uma natureza exuberante? De fato ela existe sim e eu até descobri onde está localizada. Confesso que quando a encontrei pela primeira vez e decidi usá-la como cenário no blog, não me fiz tantas perguntas sobre sua origem. A paisagem era simplesmente o que importava e que conseguia refletir a atmosfera entre mim e o espaço que havia criado. Posso dizer que havia encontrado o celeiro. E mesmo que não fosse a fachada típica de um abrigo para cereais e outras provisões, aquela casa isolada, fechada e aparentemente inabitada simbolizava um ideal de bem-estar. Representava meu porto seguro, minha fortaleza.

Mas tudo é uma questão de ângulo. Nesse post há uma foto em que a casinha abandonada não parece tão deslumbrante assim. Na margem de um lago e com sua vegetação um pouco escassa, não lembra muito a figura que leva o título do blog. Mas aí sim ela parece mais real, sem grandes encantamentos, viva de fato. A casinha deve ter um dono, mas não consegui obter muita informação além do seu exato endereço. No noroeste da Escócia, em uma das mais belas montanhas do condado de Sutherland (assim descreveram e parece ser) chamada Arkle, à beira do lago Loch Stack, ela se destaca entre a paisagem quase intocável pela interferência humana na região. Se alguém chegou realmente a morar ali não tenho como saber, é possível que sim, e os motivos que os levaram a abandonar esse pedaço de paraíso podem ser muitos. Mas ele não deixa de ser, no mínimo, um convite à reflexão.

Desde que criei o blog, o layout da página passou por algumas modificações, mas nunca coloquei a imagem de um celeiro de verdade. Sempre foi o mar, as montanhas, as nuvens, alguns balões, praias, estradas... porque a figura utilizada não tinha o compromisso de ser fiel ao nome do blog, afinal, o celeiro em si era o espaço reservado às minhas divagações, e portanto, não precisava colocar um abrigo cheio de feno para ilustrar isso. Daí encontrei a casa solitária da Escócia, e de repente me senti ligado. Achei que ela podia representar bem o papel do Celeiro do Sam sem se remeter à figura tradicional. Sim, ela podia! Sua parede de pedra, seu singelo telhado, suas duas chaminés, a natureza em volta, a água que tanto respiro, ali poderia sim ser meu cantinho, poderia sintetizar um pouco da minha utópica filosofia de vida. Eu viveria tranquilamente ali, por quê não? Ao menos virtualmente. E que bom que o lugar quase desenhado para acompanhar a paisagem realmente existe. Traz uma sensação de cumplicidade, como se aquela pequenina e escondida habitação me pertencesse um pouco. Assim me sinto, como dono e amigo dela. Talvez um dia possamos nos encontrar de fato, e em meio às descobertas do encantamento, os registros de uma parceria.

P.S.: No final da página tem outra foto de um ângulo mais privilegiado. Uma verdadeira pintura!

2 comentários:

  1. Oi,Sam.outro dia,tentei entrar aqui,mas indicava que só leitores convidados poderiam acessar.

    Acostumei com essa casinha que para mim aparenta ser solitária.Nao queria morar lá,nao.Rss.Tenho a necessidade de ficar algumas horas diárias sozinho.24 hr já é complicado.
    Abraçao,menino.

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  2. Oi, Lobinho, eu tinha tirado o Celeiro de circulação, por isso vc não conseguiu entrar. Mas depois coloquei de novo.

    Abraço!

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