domingo, 20 de novembro de 2011

Fragmentos

ACAMPAMENTO. EXTERIOR. DIA.
ELISA SE AFASTA UM POUCO DAS BARRACAS E CAMINHA ENTRE ALGUMAS ÁRVORES. ELA APROVEITA A LUZ DO SOL PARA TIRAR ALGUMAS FOTOGRAFIAS. SÓCRATES SE APROXIMA E A OBSERVA.

SÓCRATES (SORRINDO) – O paraíso fotografando o paraíso.

ELISA (RI E O OLHA) – Que cantada ridícula! Olha, com essa eu posso até dizer que você ganhou o troféu das piores cantadas dos últimos seis meses.

SÓCRATES – Pelo menos eu ganhei alguma coisa. (SORRI) Ah, colabora, gatinha! Eu não sei improvisar.

ELISA – Jura? Achei que Sócrates Mello soubesse mais do que afogar os companheiros no rio.

SÓCRATES – Olha, eu sei que você ficou com uma má impressão a meu respeito, mas eu gostaria de mudar isso.

ELISA – Sei! Deixa ver se eu adivinho. Pra mudar você me propõe um beijo e meia hora de sarro atrás de alguma árvore. Ah, pega outra, Sócrates!

SÓCRATES – Não, gatinha! Não é nada disso. Eu tô a fim mesmo de você. Ainda não percebeu? Eu tô amarradão!

ELISA – Diz isso pra todas as garotas?

SÓCRATES – Você é difícil, hein?

ELISA – Eu? Imagina! É que você realmente não faz o meu estilo.

SÓCRATES – E qual seria o seu estilo?

ELISA – Vai por mim. Não iria querer saber.

SÓCRATES SORRI. ANA CHEGA E OLHA DESCONFIADA.

ANA – Sócrates! O que faz aí? Vão começar a trilha. Vem!

ELISA (SORRINDO) – Vai com ela. Garanto que ela tem bem mais chance de te dar o que você procura.

SÓCRATES – Eu ainda volto.

ELISA – Acha que estarei aqui?

SÓCRATES SORRI E SE APROXIMA DE ANA. ELISA OBSERVA.

ANA (ENCIUMADA) – O que ela queria com você?

SÓCRATES  Nada! Ela só me pediu umas dicas de fotografia.

ANA – E desde quando você entende disso? Eu já te falei que eu não quero você de gracinha com aquela César Tralli de saias. (BATE DE LEVE NO OMBRO DELE)

SÓCRATES – Para! Não bate!

ELISA SORRI E VOLTA A FOTOGRAFAR.

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