quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Enquanto espero...


Sozinho no apartamento esperando minha mãe e minha avó chegarem de viagem. Elas vêm em um carro da família, e por isso seria a primeira vez que nosso amigão de quatro patas Marlon iria conhecer o solo paraibano, mas minha mãe se sentiu mal ainda no início da viagem e o deixou na casa da minha tia em Pau dos Ferros. Pena! Eu tava louco pra vê-lo. As horas correm, mas o carro nada. Pensei que só chegariam à noite, mas saíram mais cedo e já estão quase chegando. Por enquanto, o tic tac irritante do relógio é a minha única companhia. O céu nublado me lembra chuva, e a chuva me lembra calça molhada e PDA, nos dias que recenseei embaixo d'água. Fechei meu primeiro setor, tô esperando o pagamento do IBGE.

Hoje também dei entrada na minha carteira de trabalho, ainda não tinha uma. E dia 18 tem avaliação para retirada de drt de ator. Apostila pra ler e monólogo pra apresentar, que ainda não decidi. Às vezes não sei se devo permanecer investindo nessa carreira, mas um drt na carteira não atrapalha. E ainda tem o de jornalista depois, se eu tirar. Ontem foi 7 de setembro, e o mês ainda me lembra a festa de São Miguel Arcanjo no dia 29, que não sei se irei mais uma vez participar. Queria comprar um pequinês, mas não encontro por aqui. Agora não tô podendo tomar leite, refrigerante e café, nem comer frituras, tomates e carne gorda devido uma esofagite erosiva. Resultado que obtive através de uma endoscopia digestiva que fiz depois de anos fugindo dela. E até agora não sei se saí com minhas próprias pernas da sala de exame até a de repouso. Nada de minha mãe e minha avó.

Terça que vem tem ensaio de Última Estação, os personagens estão definidos, e me sinto bem com os que farei. Talvez o cenário de Pluft venha aqui pra casa. Tenho que renovar minha consulta de vista. A lente de contato tá pior que o óculos de 2004. O cabelo precisa de um corte, mas cansei do mesmo modelo, queria algo novo. Queria ganhar na Sena, conhecer Gramado, fazer um Cruzeiro. Cansei da posição dos móveis no quarto, mas não tenho muita opção de mudança. A fitinha do Senhor do Bonfim, o TOC, o relógio velho, a mochila, coisas que me identificam. Minha mãe vai trazer um chuveiro elétrico e não vou mais precisar ferver água pra tomar banho no frio. E me vem cada detalhe. O roteiro que não terminei, o camarão que não posso comer, as eleições se aproximando e Marina me conquistando, o nome de uma pomada Omcilon-A 1 grama no porta-recados, o comprimido em jejum e antes do almoço e jantar, essa postagem que não termina, o carro que não chega, as nuvens se dissipando, o pequinês faltando, o tic tac incomodando, o celular chamando. São elas. Chegaram! Vou descer pra recebê-las.

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