sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma Tarde e Tanto


Mudava de canal por acaso na última quarta-feira à noite, em busca de algo que pudesse entreter minha mente até pegar no sono, quando parei no Programa do Jô. Devo confessar que não é um dos meus programas preferidos, embora seja a opção da maioria da elite, e um dos primeiros que sai quando se pergunta sobre o programa preferido a alguém que quer se dizer culto. Às vezes aparecem algumas entrevistas legais, mas geralmente não aguento ver os famosos falando de suas pitorescas aventuras caseiras de uma vida regrada.

Entretanto, consegui me fixar numa entrevista que rolava com Denise Fraga. A leveza da atriz e seu bom humor associado ao papo, me prenderam por ali. Me surpreendi com seu jeito solto de falar, de sentir a vida, seu jeito de se vestir. Lembrou-me muito Emília, uma grande companheira e atriz do teatro. Denise ressaltava a importância do seu novo filme que está em cartaz "As Melhores Coisas do Mundo". Já havia visto o pôster no cinema, mas não me interessei o suficiente para assistir. Contudo, ela falava tão bem do filme e com tanto sentimento e verdade, que meu interesse foi aumentando. Jô até passou um trecho do filme.

Não deu outra, na tarde seguinte fui ao cinema conferir de perto o que Denise havia dito. E não me decepcionei. Como sempre, fui sozinho, entrei na sala e a dividi com mais umas quatro ou cinco pessoas. Mas prefiro assim, detesto ir ao cinema lotado com um monte de gente fofocando, atendendo celular, zuando. Nesses casos, o vazio é mais bem vindo. O filme foi um encanto. De maneira simples resgatou a alma de uma escola de ensino médio, com todos os lances, agitação, rebeldia, encrencas e azarações como uma Malhação nunca conseguiu fazer. Falou de amor, de descobertas, de preconceitos, de sonhos, de frustrações e não perdeu o tom verdadeiro da história.

Se o roteiro, a direção e o elenco estavam afiados, a trilha sonora não poderia deixar a dever. De contraponto ao turbulento mundo jovem da trama, a clássica Something dos Beatles vinha na voz do próprio personagem Mano, acalentar os ânimos. Era como se ela conseguisse invadir aquele espaço como um paradoxo tão grande quanto a mente da juventude. A agitação e a tranquilidade lado a lado construindo um mundo de descobertas e contradições. Foi uma bela experiência. Valeu Denise pelo incentivo e pela oportunidade de além de curtir um bom filme, viajar numa das mais belas canções do quarteto de Liverpool. E você me pergunta se meu amor vai crescer, eu não sei, eu não sei.

"You're asking me wiil my love grow, I don't know, I don't know!!!"

Um comentário:

  1. eita Sam deu vontade de ver o filme agora!!!!!!!!!!tendo beatles ai que tu curtiu mesmo heim!!!!

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