sexta-feira, 12 de outubro de 2007

"Liberdade!" Que liberdade!?

Ontem assistindo ao Jornal da Globo vi um presidiário que ganhou alvará de soltura, mas que prefere permanecer na cadeia ao invés de usufruir sua liberdade. Parece contraditório. Quem em sã consciência pediria para não voltar às ruas? Mas aí é onde entra a lei que governa nosso carnavalesco país. O sistema penitenciário brasileiro nunca foi um dos melhores do mundo, se brincar está entre um dos piores. A precariedade do serviço é tão grande que não se restringe apenas às dependências dos prédios, mas principalmente ao presidiário enquanto cidadão após seu retorno à sociedade.

Não há a menor preocupação do poder legislativo e nem do próprio governo em reabilitar esse preso para voltar às ruas. Acabou seu período de cativeiro e rua. O que se pode esperar de um ex-presidiário à procura de emprego no país onde poucos dos engravatados conseguem? No mínimo ele voltará a cometer crimes e em pouco tempo estará de volta de onde saiu. E isso é um problema que vem de longe, da época da utópica Lei Áurea, que prometia a carta de alforria aos escravos quando sua "liberdade" já era algo evidente e os deixou à margem da sociedade, acentuando o caminho da desigualdade social no país.

O caso de Fabrício do Jornal da Globo é apenas o retrato de um país que parece ter parado no tempo desde então. Tantas mudanças tecnológicas, avanços comerciais e o serviço básico para a construção de uma sociedade mais civilizada ainda é motivo de piada. A direção da Apac, onde Fabrício está, disse que fará de tudo para que ele reencontre a felicidade aqui fora. Será que conseguem? Vamos esperar.


Um comentário:

  1. Gostei do seu blog rapaz!Será mto bom para seu exercício enquanto prfissional.Boa iniciativa,vc verá seu progresso cada vez mais,na medida q for lendo e escrevendo.
    Agora sobre o seu texto postado, bem, eu concordo com vc e ainda acrescento q isso q acontece c Fabrízio, chega ser normal acontecer e não me admiro...No filme Carandiru,retrata um personagem q passou por essa mesma experência...e mtos outros devem passar por essa mesma crise existencial...Infelizmente estamos num país q vive de política assistencialista,de maquiagem q usa "projetos" cmo o Fome Zero por exemplo para aliviar "o problema" do miserável... Estamos num país que não se preocupa coma educação,em se organizar,em trabalhar com prevenção,antecipação,que não pensa nas consequências,que não ensina o povo a pescar pq irão ficar mais bonitos aos olhos das massas se dê uma peixinho a eles, nas vésperas da eleição...Na verdade isso q acontece c Fabrízio acontece com milhares de nós, estamos no mundo q não sabemos de onde vinhemos e para onde vms... Vivemos uma liberade confusa, manipulada,onde sómos a matéria prima da hegmonia política,bancamos suas luxuosas vidas imorais e ainda viramos tema nas suas capanhas políticas,puros fatoches...
    É isso Samuel,o que sómos?De onde vinhemos?E para onde vms...

    bjão querido!

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